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A doença celíaca é um distúrbio autoimune desencadeada pela ingestão do
glúten que causa inflamação da mucosa intestinal levando a uma má absorção
digestiva e diversos sintomas. A dieta isenta de glúten é a terapêutica indicada para o
tratamento de indivíduos celíacos, onde a maioria dos pacientes apresenta melhora
nas lesões histológicas, na bioquímica do sangue e nas manifestações clínicas.
Entretanto, alguns pacientes que seguem uma dieta isenta de glúten de forma estrita
apresentaram distúrbios gastrointestinais persistentes equivalentes à síndrome do
intestino irritável. Diante do exposto, esta revisão integrativa tem como objetivo
verificar na literatura a relação entre dieta isenta de glúten e pobre em FODMAP
(oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis) e seu
desfecho no tratamento de pacientes portadores de doença celíaca. Para coleta de
dados foi realizado uma busca eletrônica nas bases de dados PUBMED, Scielo e
BVSBRASIL, dos quais resultou em 51 artigos que após triagem 8 atenderam o critério
de inclusão. Os artigos selecionados incluíram estudo randomizado, exploratório e
retrospectivo envolvendo pacientes celíacos. Apesar das limitações do estudo, como
pequena amostra e curto período de intervenção, os resultados demonstraram pontos
positivos quando se introduz uma dieta baixa em FODMAP junto a uma dieta isenta
de glúten no tratamento de celíacos com sintomas persistentes. Tais trabalhos tem
grande potencial para serem replicadas de forma mais abrangentes a fim de produzir
resultados mais robustos. |
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