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O Transtorno do espectro autista (TEA) é uma desordem do desenvolvimento
neurológico com diversos graus de intensidade que afeta a evolução intelectual e
comportamental, destacando padrões comportamentais restritivos e frequentes, além
de alterações que abrange o trato gastrointestinal, como diarreia, constipação,
vômitos, alergias e intolerância a alimentos, disbiose, dentre outras. Atualmente os
estudos apontam a alimentação como fator que influencia na amenização dos
sintomas típicos da síndrome, promovendo desenvolvimento nutricional,
comportamental e qualidade de vida. Diante o exposto, o objetivo do presente estudo
foi analisar sobre a alimentação de crianças com transtorno do espectro autista no
Brasil, quais os efeitos e as deficiências nutricionais apresentadas nesse grupo
específico, assim como, propor uma estratégia nutricional através de uma dieta
adequada. A pesquisa é de cunho transversal a qual foi realizada de forma remota
com os pais/responsáveis de 63 crianças de 2 a 10 anos de idade com diagnóstico de
autismo e residentes no Brasil. Para o presente estudo foram aplicados questionários
sobre dados demográficos, perfil socioeconômico, histórico clínico, dados
antropométricos e anormalidades comportamentais relacionadas à alimentação.
Dentre os resultados obtidos os que mais se destacaram foram o grande índice de
alergias e intolerância alimentar, aversão alimentar, recusa alimentar e uma alta
prevalência do peso elevado para a idade. Por fim, observou-se que essas crianças
apresentavam uma alimentação limitada devido a aversão e recusa alimentar, ações
essas que podem acarretar deficiências nutricionais, havendo assim a necessidade
de uma intervenção alimentar voltada para minimizar os sintomas atípicos da
síndrome e evitar deficiências nutricionais. |
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