Resumo:
Do ponto de vista subjetivo, a gestação proporciona a construção da primeira experiência materna efetiva devido às mudanças de identidade, bem como mudanças no comportamento da mulher, além do vínculo gerado com o bebê. Notadamente, no caso de perda fetal, o momento do trabalho de parto, assim como o processo de luto, caracteriza-se pela perda do de um ser que não nasceu ainda. O luto perinatal é um fato pouco comum, e comumente visto como algo contrário à natureza. E devido a isso, pode agravar a elaboração do luto e influenciar o futuro da respectiva mãe. Frente a isso, a psicoterapia surge para auxiliar a mãe a enfrentar esse momento de perda. Sendo assim, o presente estudo objetivou identificar os benefícios da psicoterapia frente aos casos de luto perinatal, além disso, teve como objetivos específicos, identificar as fases do luto perinatal; refletir sobre a dependência do uso de medicamentos psicotrópicos em casos de luto perinatal; e averiguar os benefícios da psicoterapia. A busca foi realizada nas bases GOOGLE ACADÊMICO, LILACS e SCIELO artigos publicados no período de 2015 a 2021, utilizando descritores de busca. A amostra final desse estudo foi constituída por cinco referências que se enquadraram integralmente nos critérios preestabelecidos para seleção. Frente aos estudos analisados percebe-se que a psicoterapia auxilia a mãe a vivenciar todos os estágios do luto e lidar com os sentimentos, tais como raiva, tristeza, culpa, negação, falta de esperança, entre outras. Cabe enfatizar ainda que a psicoterapia não tem contraindicação e vai ajudar a superar as situações difíceis referentes à perda de um bebê. Portanto, observou-se, mediante as referências analisadas, que o uso da psicoterapia frente ao luto perinatal auxiliou no processo de autoconhecimento e amadurecimento individual.